O Brasil é extremamente privilegiado quando o assunto é recursos hídricos, com uma distribuição equivalente a 12% de todo o montante de água doce mundial, nosso país ainda armazena a maior reserva de água doce subterrânea, o aquífero Guarani. Logo, com um recurso tão abundante e crucial como a água, é natural que investimentos nos setores de energia e commodities (produtos agropecuários de baixo valor agregado) sejam quase sempre tratados como prioritários.
Entretanto, esta realidade tende a mudar, pois embora o Brasil detenha tamanha capacidade volumétrica, sua distribuição de água, assim como todo o mundo, é de forma irregular. Sendo assim, regiões como Sudeste e norte detém recursos e matéria prima para investem na distribuição e no seu uso para outros bens, já as regiões nordestes e centro-oeste vivem constantes escassez desse recurso. Além disso, as constantes mudanças climáticas ocasionadas pelos avanços industrial e agrícola colaboram ainda mais para esta irregularidade e escassez.
Como contornar isso?
A política dos ¨3Rs” (reduzir, reutilizar e reciclar) pode ser efetiva para combater a escassez, entretanto além de não ser aplicada de forma efetiva já que o Brasil é carente historicamente de saneamento básico e de políticas de redução dos portes hídricos industriais e residenciais, a energia elétrica que é fundamental para a manutenção da sociedade moderna, no Brasil, ela ainda é refém da estabilidade dos períodos de chuvas.
Porém, recentemente, políticas públicas e privadas têm investido na principal forma para contornar tais empecilhos, por exemplo a EDP, no Espírito Santo, investirá 200 milhões de reais na energia solar, que é extremamente efetiva no Brasil por ele ser um país tropical.
Desse modo, para investir no futuro e contornar uma irregularidade histórica de recursos hídricos, novos meios de se produzir energia são fundamentais para tornar mais acessível e barata nossa energia elétrica, para o funcionamento não somente da economia mas também da preservação da nossa fauna e flora.
